Como são as saídas de emergência das aeronaves de grande porte… Sem elas nenhuma aeronave seria autorizada à operar. Existem regras rigorosas quanto a quantidade e operacionalidade das saídas de emergência, assim como, pessoal habilitado para opera-las em qualquer situação.

Uma saída de emergência inoperante ou sem pessoal devidamente treinado disponível consiste em falta grave de segurança, claro que existem tolerâncias previstas no manual do fabricante de cada aeronave, porém, a regra geral é bem rígida.

Exemplo de Saídas de Emergência

Exemplo de Saídas de Emergência


SAÍDAS DE EMERGÊNCIA

Entende-se por saída de emergência, toda e qualquer abertura por onde possam passar com relativa facilidade uma ou mais pessoas que se encontrem bloqueadas em determinado espaço fechado numa situação de acidente.

Nas aeronaves existem sempre, e propositalmente, determinadas aberturas que se destinam especialmente a satisfazer a situação mencionada. Estas aberturas são designadas por SAÍDAS DE EMERGÊNCIA.

Saídas de Emergência - Evacuação

Saídas de Emergência – Evacuação

As SAÍDAS consideradas de emergência são aquelas pelas quais se pode evacuar os ocupantes de uma aeronave com o máximo de rapidez e segurança, numa situação de emergência.

As saídas de emergência, assim homologadas, devem estar providas de equipamentos auxiliares de evacuação.

O Airbus A320 por exemplo, possui saídas Tipo 1 -2 -3 – 4, estes “Tipos” determinam a capacidade de evacuação da saída de emergência em 90 segundos, veja abaixo:

Tipo 1 = (Escorregadeiras) de 50 a 55 pessoas em 90 segundos;

Tipo 2 = 30 a 40 pessoas em 90 segundos;

Tipo 3 = 20 a 30 pessoas em 90 segundos;

Tipo 4 = (cabine de comando) 15 a 20 pessoas em 90 segundos;

As saídas de emergência são separadas em duas categorias principais:

  • As que exercem função dupla, isto é, servem de entrada/saída de passageiros, tripulantes ou materiais e, simultaneamente, quando necessário e após a execução de uma transformação sempre muito simples, de saídas de emergência.

  • Aquelas que são exclusivamente saídas de emergência, sendo utilizadas somente para esta função.

Estas duas espécies de saídas de emergência podem se apresentar sob a forma de portas e janelas, e são operadas tanto interna quanto externamente.

Janelas de Emergência sobre as Asas

Janelas de Emergência sobre as Asas

Em caso de acidente, qualquer ruptura da fuselagem que permita a passagem de uma pessoa deve ser devidamente avaliada antes de ser utilizada como saída.

Antes da abertura de qualquer saída, numa situação de pouso de emergência, o Comissário deverá certificar-se de que a área externa se encontra livre, que não haja fogo na área da saída (as chamas invadindo a cabine consumiriam rapidamente o oxigênio disponível),ou arestas metálicas, e no caso de pouso no mar, verificar se a saída não se encontra submersa, isto é, abaixo da linha d’água. Esta verificação poderá ser facilmente executada porque ao efetuar o pouso a aeronave estará totalmente despressurizada, e como a vedação de borracha que existe nas portas foi projetada para impedir a saída da pressão (de dentro para fora), neste momento ficará sem função, cedendo à pressão da água, que fluirá então pelas frestas da porta indicando que a saída está submersa.

Janela - Saída de Emergência

Janela – Saída de Emergência

Em pouso no mar, os tripulantes técnicos deverão abandonar a aeronave através das saídas da cabine principal, pois estas estão equipadas com botes, ou escorregadeiras barco, embora as janelas da cabine de comando funcionem como saídas de emergência (uma de cada lado). Estas janelas, só serão utilizadas no pouso de emergência em terra, quando por uma razão qualquer os tripulantes técnicos não puderem se utilizar das saídas da cabine de passageiros.

Dependendo do tipo do avião, na eventualidade de um pouso no mar, obedecendo a regra de só acionar as saídas que não estiverem submersas, a prioridade poderá ser a de abandonar a aeronave através das janelas sobre as asas, ou através das portas de emergência, isto dependerá das seguintes características: se o avião for equipado com escorregadeiras barco nas portas, evidentemente a evacuação será efetuada pelas portas de emergência, porque essas possuem equipamentos de flutuação coletivo.

Porta - Saída de Emergência

Porta – Saída de Emergência

Se a aeronave não possuir esse equipamento, as saídas preferenciais serão as janelas sobre as asas, pois normalmente a asa ficará acima da linha d’água, sendo inclusive equipadas com cordas (em algumas aeronaves) que servirão de corrimão, enquanto se aguarda a inflação do bote salva-vidas.

As escorregadeiras comuns, servem como equipamento auxiliar de flutuação, onde poderemos colocar amarrados, principalmente mantimentos e outros itens de interesse na situação.

Todas as portas das aeronaves, quer para embarque/desembarque de passageiros, quer de serviço, são homologadas como SAÍDAS DE EMERGÊNCIA.

Estão localizadas em ambos os lados da cabine de passageiros de modo que, em caso de emergência, facilitem a evacuação.

Possuem sistemas próprios de operação para situações normais ou de emergência. As portas podem ser operadas interna ou externamente, tanto em situação normal quanto em emergência. As portas por serem maiores, e por estarem equipadas com escorregadeiras (SLIDES), são aquelas saídas por onde teremos o maior fluxo de abandono com toda a certeza.


Construção de Vocabulário – Inglês Aerotécnico

Contra-Rotating Propellers – Hélices contra-giratórias; duas hélices montadas uma atrás da outra e no mesmo eixo. Todas estas instalações, até agora, tem sido do tipo experimental e as hélices tem operado em direções opostas. Tal arranjo tende a superar o toue da hélice até certo ponto.

Control Cables – Cabos de controle; em aviões, é a extensão do cabo de fio torcido ou enrolado, que vai das alavancas de controle até as superfícies de controle, ou interconectando essas superfícies de controle.

Control Horn – Pequena alavanca fixada a uma superfície de controle de uma aeronave à qual o cabo ou haste de acionamento é conectada. Exemplos típicos são encontrados no elerão, profundor e leme direcional.

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